No Brasil, vivem, atualmente, cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 diferentes grupos étnicos. Há ainda 60 referências a povos ainda não contatados. Trata-se de uma grande diversidade linguística e cultural que precisa ser melhor conhecida, documentada e preservada. Um patrimônio que encontra-se sob a ameaça de desaparecer, em grande parte, no decorrer desse século.
O Museu do Índio coordena, desde 2009, um esforço nacional de registro e documentação para proteger, reforçar e revitalizar as muitas línguas e culturas indígenas existentes no território brasileiro. O trabalho é divido em quatro áreas de atuação – Prodoclin, Prodocult, Prodocerv e Prodoc Som – e desenvolvido em conjunto com o Instituto Max Planck, da Alemanha, e várias universidades e centros de pesquisa do País, com o apoio da Fundação Banco do Brasil e da Unesco.
O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas (PROGDOC) atua em 105 aldeias de norte a sul do Brasil com a participação e intervenção direta dos índios, possibilitando o registro de aspectos específicos de 39 culturas e beneficiando uma população superior a 27 mil índios.
Todo o material produzido está consolidando um acervo digital, em segurança no Museu do Índio, o que garante a sua disponibilidade mesmo daqui a 20 ou 50 anos.
Os produtos resultantes reúnem registros audiovisuais, acervos tratados e digitalizados, dicionários, gramáticas, materiais de divulgação como vídeos, CDs e DVDs, entre outros trabalhos produzidos durante os projetos. Seus conteúdos são validados e qualificados por mestres e especialistas de cada comunidade para uso em escolas e centros de documentação nas terras indígenas.
Conheça aqui os resultados das pesquisas realizadas em aldeias com a participação direta de comunidades indígenas de todo o Brasil.
Veja também o Manual de Uso da Marca.
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